Partido Comunista do Brasil (PC-SBIC) , fundado em 25 de março de 1922, congregou sob a mesma legenda os comunistas até a cisão internacional deste movimento, ocorrida a partir do XX Congresso do Partido Comunista da URSS, em 1956, e no Brasil no V Congresso em 1960. Quando o PC do Brasil se encontrou dividido em duas tendencia. No XX Congresso, Nikita Khrushchov apresenta seu "relatório secreto" com supostas denúncias contra Stálin e a defesa dos "três pacíficos", sendo considerado revisionista pelos seus oposicionistas, ensejando a divisão dos comunistas em diversos países.
No Brasil, a cisão atingiu a direção que reconstruíra o Partido dos golpes sofridos pelo Estado Novo de Vargas, surgida na Conferência da Mantiqueira, em 1943, contando com João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Diógenes Arruda Câmara, entre outros, sob a liderança de Luís Carlos Prestes.
[editar]O Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista - PC-SBIC (1922 a 1962)
O Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista - PC-SBIC, é um partido político brasileiro de esquerda, que ideologicamente baseado em Karl Marx, Friedrich Engels e Vladimir Lenine, defende oCentralismo-Democratico e o Marxismo-Leninismo.Fundado no dia 25 de março de 1922, na cidade de Niterói-RJ, quando o proletariado brasileiro deu o primeiro grande passo rumo à sua organização como classe: nove delegados, representando 50 membros, reuniram-se em congresso e fundaram o Partido Comunista do Brasil, o qual em 4 de abril de 1922, é publicado no Diário Oficial da União, seguindo a orientação internacional, com o nome de Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista - PC-SBIC. Participaram do congresso de fundação: Abílio de Nequete (barbeiro de origem libanesa), Astrojildo Pereira (jornalista do Rio de Janeiro), Cristiano Cordeiro (contador do Recife), Hermogênio da Silva Fernandes (eletricista da cidade de Cruzeiro), João da Costa Pimenta (gráfico paulista), Joaquim Barbosa (alfaiate do Rio de Janeiro), José Elias da Silva (sapateiro do Rio de Janeiro), Luís Peres (vassoureiro do Rio de Janeiro) e Manuel Cendón (alfaiate espanhol). Foi do PC-SBIC emergiram uma série de partidos importantes na dinâmica política brasileira, além de todos os grupos de orientação trotskista e Marxista-Leninistas que surgiram e desapareceram desde então. O Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista - PC-SBIC em virtude de uma grande cisão interna, foi reorganizado em 18 de fevereiro de 1962 na sua Quinta Conferência Nacional Extraordinária, quando onde foi aprovado o Manifesto - Programa e o rompimento dessa organização com a Internacional Comunista que passava por um processo de revisão de princípios, restaurando o nome original Partido Comunista do Brasil sob a sigla PCdoB.
Programa Socialista de 2009
Programa Socialista de 2009
Em seu 12º Congresso Nacional o Partido Comunista do Brasil PCdoB aprova o novo Programa Socialista para o Brasil intitulado de O fortalecimento da Nação é o caminho, o socialismo é o rumo',onde o partido apresenta o Novo Programa Naconal de Desenvolvimento (NPND) para o Brasil e neste programa apresentas as reformas necessárias para a transição de um Brasil Capitalista para um Brasil Socialista Rumo a uma sociedade Comunista.
[editar]Da defensiva estratégica ao Partido Comunista de massas
O PCdoB desde o princípio defendeu a formação de uma frente de esquerda para lançar Lula`candidato à Presidência da República, tendo apoiado o PT nas eleições de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006. Aliado ao PT nacionalmente e na maioria dos estados, o PCdoB registrou um aumento tímido de sua representação política, mas o suficiente para manter uma bancada permanente na Câmara dos Deputados (5 representantes em 1990; 10 em 1994; 7 em 1998; 12 em 2002; 13 em 2006). Em 2000, o PCdoB elegeu a sua primeira prefeita, Luciana Santos, em Olinda (Pernambuco). Desde 2001, o partido passou a ser presidido por Renato Rabelo (ex-militante da AP), que sucedeu a João Amazonas, falecido no ano seguinte, aos 90 anos.
Com a vitória de Lula em 2002, o PCdoB pela primeira vez passou a fazer parte do governo federal, ocupando a pasta dos Esportes com Agnelo Queiroz. Essa participação foi ampliada em 2004, com a indicação de outro deputado, Aldo Rebelo, para a Coordenação Política do governo (que deixaria no ano seguinte para voltar ao Congresso e ser eleito presidente da Câmara dos Deputados). O PCdoB também conseguiu obter participação no Senado, com a filiação, por um breve período, do senador Leomar Quintanilha (ex-PMDB). Em 2005 o partido obtém a Presidência da Câmara Federal com o deputado Aldo Rebelo, após a renuncia de Severino Cavalcanti (PP-PE). Em 16 de novembro de 2002, Aldo Rebelo assumiu por um dia a Presidência da República.
Em 2006, Inácio Arruda foi eleito senador pelo Ceará com quase dois milhões de votos. O primeiro senador comunista depois de Luis Carlos Prestes, em 1946.
Apesar de crítico da política econômica do governo Lula, o PCdoB manteve seu apoio ao PT. Em 2006, o PCdoB formalizou sua participação da aliança pela reeleição do presidente Lula.
Abandona a CUT no final de 2007, para junto com o PSB e outras correntes independentes no movimento sindical fundarem a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil- CTB.
O PCdoB foi anfitrião do 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, de 21 a 23 de novembro de 2008, reunindo 65 partidos comunistas e operários de todo o mundo, evento até então inédito na América Latina.
Também neste ano tem a sua maior ampliação nas eleições municipais, elegendo 40 prefeitos(as), entre os quais Edvaldo Nogueira, em Aracaju, e outras cidades como Olinda (PE), Juazeiro da Bahia e Maranguape (CE).
Em 2005 realiza seu XI Congresso e reformula seu estatuto [1], entre outras inovações admitindo pela primeira vez a distinção entre "filiado" e "militante" - este seria apenas o filiado que contribui para as finanças do Partido e cumpre suas obrigações partidárias. Esse movimento é visto como um passo para a massificação do Partido Comunista do Brasil.
Em 2009, no XII Congresso, o PCdoB adotou um novo Programa Socialista [2], intitulado O fortalecimento da Nação é o caminho, o socialismo é o rumo!, que trata apenas da fase inicial da transição ao socialismo, determinando ao coletivo partidário alguns temas para ação imediata ou a médio prazo.